Três meninas. Três histórias diferentes que se encontram. Três linhas distintas de pensamento, que se unem formando um maravilhoso mosaico de histórias, ideias e experiências. Encontram-se nas afinidades e completam-se nas diferenças, enlaçando-se nas alegrias e tropeços da vida. Escrevem aqui para celebrar, compartilhar e aprender. Para refletir sobre as experiências do passado, as inquietudes do presente e as incertezas do futuro. Nessa sucessão de encontros e desencontros, buscam entender melhor o mundo. Tudo isso regado por um pouco de geografia, política, arte e muito ziriguidum!

sábado, 16 de outubro de 2010

Felicidade, ainda que fugidia

Minha avó tem Alzheimer. No início, sua memória recente começou a falhar. Mas as lembranças mais antigas ainda estavam intactas. Ela não era capaz de se lembrar o que comeu no almoço, mas lembrava das viagens que fez, das músicas que compôs, dos poemas que escreveu. Se lembrava da família, quem eram todos os netos.
Com o tempo foi piorando e toda a memória se tornou uma grande névoa, sem certezas denomes, fatos, episódios. Tem dias melhores e dias piores. Mas muito dela já se foi com as lembranças que se perderam.
Quando me encontra, me pergunta repetidas vezes onde estou trabalhando e onde estou morando. Quatro ou cinco vezes seguidas a mesma pergunta, e a mesma resposta.
Ontem ela fez 82 anos. A família se reuniu para jantar. Ela perguntou mais de uma vez o por quê dos presentes, que ocasião era aquela. Mas ela estava feliz. 
Ela estava mesmo feliz com todos os filhos e os netos reunidos ali em volta da mesa. Abraços, beijos, aconchegos, carinhos, palavras doces, presentes. Ela ficava feliz com tudo isso. E cinco minutos depois esquecia o presente dado, a palavra proferida. 
Meu avô comprou um arranjo de flores lindo para ela e mandou entregar em casa. Cada vez que ela olhava o arranjo de flores, ela se alegrava e perguntava que flores eram aquelas e quem havia dado. Pouco depois se esquecia. Mas, quando tornava a passar pelas flores, novamente se deslumbrava, sorria e perguntava.
Ao contar isso no jantar, alguém disse que era um desperdício ter comprado as flores pra ela porque, afinal, depois que as flores murchassem e não estivessem mais lá, ela não se lembraria de nada mesmo.
Aquele raciocínio me pareceu muito cruel. Na hora, respondi: pelo menos ela sente a alegria como se fosse a primeira vez. Quem tem a oportunidade de sentir, mais de uma vez, a alegria como se fosse a primeira?
Uma resposta bastante ingênua, com certeza. Mas foi o que me veio a cabeça na hora.
Desde ontem, isso está martelando aqui minhas idéias. E não consigo deixar de achar muito cruel a lógica de que não seria válido dar à minha avó a alegria das flores, ou qualquer outra, só porque ela não se lembraria depois.
Só seria então válido proporcionar alegria e felicidade, dar amor e carinho, a alguém se esse alguém fosse se lembrar depois? A alegria é menos alegria e a dor é menos dor se depois a memória apaga o que sentimos?
Não. Alegria é alegria, dor é dor, pelo tempo que for. Mesmo que por um instante. Por um segundo. Lembrar depois, é só mais alegria ou mais dor.
Talvez, justamente porque não vai se lembrar no dia seguinte, minha avó mereça flores todos os dias. Porque não pode puxar da lembrança para reviver a alegria, precisa das alegrias instantâneas, os estímulos permantes. Flores todos os dias, em todos os cômodos da casa, para lhe proporcionar um sorriso surpreso a cada passo.
A felicidade, ainda que fugidia, é felicidade. E é sempre válida.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

PARA QUEM ACHA QUE É TUDO IGUAL! :)

Olá amigos!!
Lá vou eu mais uma vez pôr a minha cara a tapa!! :)
Quem acompanha esse blog, sabe que estou apanhando há meses por ainda defender o governo Lula e por isso, apoiar a candidatura da Dilma.
Como já estou com síndrome de mulher de bandido, estou aqui para apanhar mais uma vez!! Hehehe...
Já disse e repito, sou uma desiludida com o PT, não concordo com uma série de caminhos que o governo Lula optou, tenho quase convulsões quando vejo o Lula elogiando criaturas como o Sarney e o Crivella, enfim, tenho uma lista sem fim de coisas desse governo que não me fizeram feliz ao longo desses 8 anos. Mas tenho também a evidência de alguns fatos REAIS que fazem a diferença entre esse governo e os demais.
Sendo assim... Voto Dilma! E tenho dito! Mais uma vez!
Agora podem bater, mas antes, olhem os dados a seguir!

Obs.: Fiquei surpresa com os dados dos desflorestamentos, achei que fossem piores!

domingo, 10 de outubro de 2010

O PROTESTO E O ABRAÇO. Vergonhas de uma mídia sem vergonha!


DUAS VISÕES DE UM MESMO FATO!
O PROTESTO:


O ABRAÇO:


Para que prevaleça a verdade, não podemos simplesmente "ler" os jornais e "assistir" a TV. Tenhamos discernimento e tomemos parte do processo. Caso contrário, seremos apenas objetos passivos nas mãos desses manipuladores, nos tornaremos meros fantoches de um circo sem graça!

Para ilustrar um pouco mais a minha última postagem sobre os absurdos da nossa mídia tendenciosa, que manipula uma série de informações com o objetivo de influenciar a opinião pública, apresento agora, dois vídeos que não precisam de maiores explicações, as imagens falam tudo!

Deus está querendo bagunça no céu!

Desde ontem o samba está mais triste!
O sambista Alcino Correia Ferreira, mais conhecido como Ratinho, teve um avc fulminate e está internado com coma cerebral em estado gravíssimo.
Acho que Deus está querendo animar os céus!
Caso isso aconteça, a alegria por aqui estará desfalcada.
Compositor de sambas consagrados, foi criado em Pilares e pela Caprichosos, escola do bairro, ganhou sete sambas-enredo incluindo um estandarte de ouro em 78, “Festa da uva, no Rio Grande do Sul”. Tem mais de dez músicas gravadas com o parceiro Zeca Pagodinho e outras por Roberto Ribeiro, Jovelinha Pérola Negra, Jorge Aragão, Almir Guineto, Fundo de Quintal, Dorina, Beth Carvalho e Fátima Guedes. Entre muitos parceiros, um verdadeiro álbum de parcerias de samba, estão Monarco, Noca, Argemiro, Wanderley Monteiro, Guilherme de Brito, Nelson Cavaquinho, Mauro Diniz e Zé Luiz do Império.
Há alguns anos ele organiza a Toca do Rato, ambiente familiar que nos dava um delicioso aconchego e nos brindava sempre com sambas de primeira e o sorriso de muitas figurinhas queridas. Há pouco tempo lançou o Cd O Rato sai da Toca, com composições suas inéditas.





Quem quiser conhecer um pouco mais, segue abaixo algumas composições desse nobre roedor! :)
  • Coração Em Desalinho (Mauro Diniz – Ratinho) – Por: Zeca Pagodinho
  • O Dia Se Zangou (Mauro Diniz – Ratinho) – Por: Jovelina Pérola Negra
  • O Samba Nunca Foi De Arruaça (Monarco – Ratinho) – Por: Monarco
  • Meiguice Descarada (David Correa – Ratinho) – Por: Almir Guineto
  • Apesar Do Tempo (Ratinho – Zé Luiz do Império) – Por: Galocantô e Velha-Guarda do Império
  • Nossas Raizes (Ratinho – Sombrinha) – Por: Fundo de Quintal
  • O Que Resta De Nós (Ratinho – Sombrinha) – Por: Sombrinha
  • A Vaca (Ratinho – Zeca Pagodinho) – Por: Almir Guineto
  • Parabéns Pra Você (Mauro Diniz – Ratinho -Sereno) – Por: Fundo de Quintal
  • Falsa Alegria (Monarco – Ratinho – Zeca Pagodinho) – Por: Zeca pagodinho e Velha-Guarda da Portela
  • Folha De Zinco (Jurandir Da Mangueira – Ratinho) – Por: Fundo de Quintal
  • Mais Um Caso De Amor (Mauro Diniz – Ratinho) – Por: Mauro Diniz e Jorge Simas
  • Vai Vadiar (Monarco – Ratinho) – Por: Zeca pagodinho e Velha-Guarda da Portela
  • Ingrata Paixão (Adilson Victor – Mauro Diniz – Ratinho) – Por: Mauro Diniz
  • Loucuras De Uma Paixão (Mauro Diniz – Ratinho) – Por: Jorge Aragão
  • Termina Aqui (Arlindo Cruz – Ratinho – Zeca Pagodinho) – Por: Dorina
  • Perdão Amor (Monarco – Ratinho) – Por: Roberto Ribeiro
  • Passarinheiro Fanfarão (Mauro Diniz – Monarco – Ratinho) – Por: Jovelina Pérola Negra
  • Lua De Ogum (Ratinho – Zeca Pagodinho) – Por: Zeca Pagodinho
  • Amor Não Me Maltrate (Monarco – Ratinho) – Por: Zeca pagodinho e Velha-Guarda da Portela
  • Meu Viver Se Transformou (Monarco – Ratinho) – Por: Jovelina Pérola Negra
  • Na Onda Da Maré (Ratinho – Wanderley Monteiro) – Por: Wanderley Monteiro
  • Rapaz Não Fique Assim (Mauro Diniz – Monarco – Ratinho) – Por: Noite Ilustrada
  • Sonho De Menino (Monarco – Ratinho) – Por: Mauro Diniz
  • Feristes Um Coração (Monarco – Ratinho) – Por: Zeca Pagodinho
  • ESTAMOS NA TORCIDA PELO QUE FOR MELHOR PRA VOCÊ!!
    Que fique em PAZ!!
    Salve, salve Ratinho para onde quer que você vá!!
    Assistam a seguir uma apresentação do Ratinho no Bom Sujeito, cantando uma das suas composições que eu AMO!
    “Ratinho é para citar seu samba com o parceiro Marcio Vanderlei, um caso sério. Não basta ter completo domínio da arte de fazer samba, não é suficiente exibir competência, conhecer seu povo e sua cidade, tudo isso conta e muito, mas, tem que ter o Dom, tem que ser abençoado por entidades misteriosas que benzem a fronte dos que se tornam Mestres, São muitos os bons sambistas e raros aqueles que transmitem com simplicidade e beleza uma espécie de sabedoria ancestral. Não por acaso, Ratinho é um dos parceiros favoritos de Zeca Pagodinho, Sua benção, Ratinho! Sambista único - para voltar a citar o primoroso “Malaquias”, um craque como há muito não se via.ALDIR BLANC

    Análise da candidatura Dilma nas capas dos jornais


    No nosso dia a dia, sempre nos deparamos com uma imprensa tendenciosa e muitas vezes nociva a sociedade. Entretanto, nos períodos eleitorais, a cara suja da imprensa fica ainda mais evidente e causa vergonha ao nosso país.
    O levantamento foi feito a partir das manchetes de primeira página publicadas, entre os dias 28 de agosto e 27 de setembro, por Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. Nesse período, o diário carioca não publicou nenhuma manchete positiva à candidata Dilma Rousseff, contra 21 negativas. Foram ainda três neutras e seis tratando de outros assuntos, como economia ou internacional.
    Já a Folha de S.Pauloveiculou duas manchetes positivas à campanha petista (“Lula vai à TV e afirma que Serra partiu para baixaria”, no dia 8, e “Desemprego é o menor, e renda é a maior em 8 anos”, dia 24). No entanto, foram 18 negativas, além de uma neutra e nove sobre temas diversos. O outro periódico paulista, o único dos três a declarar em editorial apoio ao candidato José Serra, foi o campeão em manchetes negativas com relação a Dilma: foram 22 em apenas um mês. O Estado de S. Paulo também trouxe uma capa positiva à petista (“Inquérito da PF esvazia tese de crime político na receita”, dia 16), três neutras e quatros abordando outros assuntos.

    Independente de gostar ou não da Dilma, de querê-la ou não na presidência, o fato é que o papel da imprensa seria de nos fornecer dados ESCLARECEDORES das propostas políticas de cada candidato e deixar o resto com a gente.
    A seguir vocês terão uma a
    nálise das manchetes dos três jornais de maior circulação do país com relação à candidatura Dilma Rousseff, realizada pelo Jornal Brasil de Fato.
    É triste de ver!

    quinta-feira, 7 de outubro de 2010

    Deus votou no Plínio

    Charge de hoje da Folha de São Paulo 

    O que está por trás do voto de cada um OU o que é consciência de voto OU o artigo da demissão de Maria Rita Kehl OU onde está mesmo a censura?

    Maria Rita Kehl era colunista do jornal O Estado de São Paulo. Foi demitida nesta quinta-feira por causa desse artigo que escreveu. Reproduzo o artigo aqui, não apenas por não concordar com a demissão, mas acima de tudo, porque acho que o conteúdo do artigo alimenta com qualidade a discussão sobre o debate político das eleições desse ano. 

    Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

    Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

    Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

    Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

    O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

    Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

    Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

    quarta-feira, 6 de outubro de 2010

    Quem será que faz chacota mesmo?

    Hoje eu estava fazendo minha leitura diária dos meu blogs favoritos e me deparei com um vídeo inacreditável Botequim do Bruno. Pode ser ingenuidade minha, mas fiquei chocada.
    No vídeo, Marcelo Madureira, do alto de toda sua vivência e experiência política, afirma categoricamente que Lula é "vagabundo" e "picareta" e transformou a política brasileira em chacota.
    ????????!!!!!!!!!!!!!!
    Quem é você, Marcelo, pra chamar o Lula de "vagabundo" e "picareta"? Vai viver, crescer e ser alguém de verdade antes de falar assim de uma figura tão importante e relevante na história e na política desse país!
    Que eu me lembre, você não é ninguém. E, se alguém faz chacota da política de maneira que não deve, é você mesmo, e não o presidente.
    Mais absurdo do que esse Zé Ninguém falar assim do Lula, é um programa de TV dito sério, em uma emissora dita séria, convidar esse cara para falar de política e transmitir esse tipo de coisa, de agressão , de desvairio. 
    Depois, reclamam das críticas que o Lula faz à imprensa... bom, mas se o nível da imprensa é esse, merece mesmo todas as críticas. 
    Olha, não gosta do Lula, do seu governo, da sua política? Tranquilo. Ninguém é obrigado a gostar ou concordar. Mas faça uma crítica de verdade e proponha a alternativa. E, faça o favor, mantenha o nível...
    Chacota mesmo fazem o Marcelo Madureira, o Mainardi e a GNT com a cara de todos os brasileiros ao transmitir uma coisa dessas.
    O vídeo está aí abaixo, para apreciação. 



    segunda-feira, 4 de outubro de 2010

    domingo, 3 de outubro de 2010

    Voto obrigatório: Um direito de todos.


    Gente! Voltei! Mas não dá para se animar muito, pois, como vocês sabem, das TRÊS meninas duas são professoras, e mês de outubro é um inferno astral para professores...não é Paty?? Aff! Mas vamos lá! Escrevo em meio à apuração das eleições 2010, cerca de 30% das urnas apuradas em todo o Brasil. Dilma na frente,mas não tanto quanto se esperava. Votei na Dilma. Nem por gosto, nem a contra gosto. Votei para marcar posição de esquerda. Seja lá o que isso signifique hoje em dia...não ser de direita é ser de esquerda nessa altura do campeonato? Alguem me explica? Mas não é sobre isso que eu quero falar. Venho de um acalorado almoço em família. Acalorado apesar do dia chuvoso e da frente fria... Acalorado, pois discussão sobre política na minha família é um turbilhão de emoções! Nossa! O sangue italiano sobe e a gritaria é certa. Eu e meu pai sempre divergimos muito nesse sentido e, como sempre, nessas eleições não foi diferente. Mau cunhado esse ano resolveu entrar a "briga" e já viu: a gritaria foi maior ainda! Mas discutimos política além do voto, o que eu acho muito bom, ainda que seja difícil nesse momento onde as eleições acabam resumindo a política a isso. Dado momento a conversa enveredou para o voto obrigatório. Nunca tinha parado para avaliar de fato o que eu acho do voto obrigatório. Mas hoje tirei uma conclusão que acho pertinente a respeito. O voto deve ser obrigatório no Brasil. Explico meu raciocínio. Penso que em países como o Brasil, onde a desigualdade social é MUITO grande o voto obrigatório é uma forma de participação (ok, participação obrigatória não é bem participação, mas vamos partir do principio de que seja) que ajuda a dar voz àqueles que quase nunca são ouvidos em nada. Imaginem uma eleição onde o voto fosse facultativo no Brasil........ Quem iria às urnas?...... Especulo que pouquíssimos representantes da população de baixa renda (que ganha de 0 a 3 salários mínimos por exemplo) compareceria às urnas. Meu cunhado discorda. Claro! diz que não. Que os pobres iriam devido ao voto de cabresto, à venda de votos, aos benefícios assistencialistas etc. Discordo. A gente percebe bem como é difícil para uma parcela da população de fato "excluída" ter acesso a uma série de informações, de conhecimento, de educação considerados "básicos" pela classe média/alta na prática eleitoral. Será que aqueles que não estão constantemente em contato com esse tipo de discussão, aqueles que sequer entendem direito o palavrório dos noticiários, dos horários eleitorais obrigatórios, dos jornais a respeito de projetos, programas, fraudes, corrupção etc., iriam votar? Será que iriam deixar suas casas no domingo (para muitos o único dia de descanso semanal) seus filhos (famílias em geral mais numerosas que as de classes mais altas e creches não funcionam domingo) se expor à críticas (do tipo: "demora muito, não entende uma coisa tão simples como essa maldita máquina" e outras...)..acho que não! Acho que eleições facultativas são para países com baixíssimos índices de desigualdade social, como Suécia, Noruega, Finlândia, não para nós! Nesses países há um nível consideravelmente próximo de educação, acesso à informação, senso crítico que permitem a manutenção de um processo eleitoral onde os próprios cidadãos decidam se votam, ou não. Em países como o Brasil, ou toda a América Latina, ou mesmo países desenvolvidos como os Estados Unidos, as eleições TEM que ser obrigatórias para que possam refletir a vontade das suas populações. Ainda que isso ainda e INFELIZMENTE seja mascarado por muita corrupção, roubalheira, fraude e crimes eleitorais, como todos sabemos. Penso que nos Estados Unidos, por exemplo, as eleições são absolutamente distorcidas. Os guetos americanos participam do processo eleitoral? Se envolvem com as prévias eleitorais, com os plebiscitos, tão comuns no país? Claro que não! Do contrário, no estado do Texas (um estado bastante conservador, mas onde existe uma marcante presença de hispânicos devido à influência mexicana e centro-americana) não vigoraria a pena de morte. No corredor da morte é sintomática a presença de hispânicos e negros condenados à pena capital. Quem aprovou a pena de morte nos referendos? Os próprios? Acho que não... O Lula, com defeitos e qualidades melhorou a vida da população pobre nesse país. A minha não mudou em nada. Mas as pesquisas mostram que o Brasil hoje é menos pobre. Só não vê quem não quer. Temos MUITO a fazer, ainda, mas essa é ooooutra história... Será que o Lula elegeria a Dilma se hoje o voto passasse a ser facultativo no Brasil? Tenho dúvidas. Após essa longa e confusa reflexão (penso escrevendo direto aqui nessa janelinha o que contribui para deixar meu raciocínio sinuoso. Desculpem!) quis dizer que: Temos um importante instrumento de aproximação entre as classes sociais com o voto obrigatório. Com todos os problemas que isso ainda possa trazer. É um custo benefício que merece ser considerado. Rumo ao segundo turno! Ao que tudo indica...