Três meninas. Três histórias diferentes que se encontram. Três linhas distintas de pensamento, que se unem formando um maravilhoso mosaico de histórias, ideias e experiências. Encontram-se nas afinidades e completam-se nas diferenças, enlaçando-se nas alegrias e tropeços da vida. Escrevem aqui para celebrar, compartilhar e aprender. Para refletir sobre as experiências do passado, as inquietudes do presente e as incertezas do futuro. Nessa sucessão de encontros e desencontros, buscam entender melhor o mundo. Tudo isso regado por um pouco de geografia, política, arte e muito ziriguidum!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os livros e hábitos de viagem


Woman reading, Alexander Deineka, 1934

Quando fazemos certas coisas repetidamente, especialmente sozinhos, acabamos desenvolvendo certos hábitos  e rotinas. Quem mora sozinho sabe disso. Dizem até que morar sozinho por muito tempo acaba levando ao desenvolvimento de manias, quase insuportáveis aos olhos alheios, e das quais é difícil de se livrar depois.

Como vocês sabem, eu viajo bastante a trabalho. Na maioria das vezes, viajo sozinha. E, de tanto viajar sozinha, desenvolvi meus hábitos e minhas manias. Já tenho o meu jeitinho particular de viajar comigo mesma.

Sempre carrego comida na bagagem de mão e na mala. Bom, isso quando eu vou para países muito diferentes. É um hábito que adquiri depois de passar fome no interior de Moçambique por não tolerar peixe e frutos do mar. Agora, sempre carrego frutas secas, barrinhas de cereal, biscoitos e tudo que aguentar uma viagem internacional. Esse ítem faz parte do manual básico de sobrevivência. Essa é uma mania de mão dupla. Na volta das viagens (que a ANVISA não leia isso...) eu sempre trago algum produto alimentício local. Rosa da Jamaica da Nicarágua, café da Guatemala, Baobá do Senegal (esse trazido via Africa do Sul em um verdadeiro escambo internacional), queijos variados da Europa, pastéis de Belém de Portugal... A lista é extensa.

Remédios e kit de primeiros socorros. Eu confesso: tenho medo de hospital, e pavor de agulhas. Já dei escândalos inconfessáveis ao ter que tomar anestesia de dentista ou tomar soro na veia. Ir em um hospital em outro país é algo que definitivamente não passa pela minha lista de alternativas viáveis. Ir em um hospital no Vietnã, na Tanzânia ou na Nicarágua, só se eu estiver morrendo. É pânico mesmo. Por isso, levo minha farmácia particular. A cada viagem ela é minuciosamente checada e reabastecida se necessário. Já foi muito útil em algumas ocasiões.

Ler. Ler muito. Eu não tenho tempo para ler muitas coisas que não sejam relacionadas ao trabalho. Mas como adoro ler, baixei uma regra. Quando estiver em trânsito (no aerroporto, no vôo, etc), só leio livros não relacionados ao trabalho. Acho que é um equilibrio justo. Já estou viajando a trabalho, fazendo as vezes viagens muito longas e cansativas, com jornadas de trabalho em viagem que são bastante intensas... Nada mais justo que determinar certos momentos de leitura de lazer. Pois esse hábito deu um grande impulso no meu ritmo de leitura. Na viagem à Tanzânia, por exemplo, li 400 páginas de um livro.

E descobri uma coisa legal: o livro é um grande companheiro de quem viaja sozinho. Principalmente nas refeições. Eu não sei quanto a vocês, mas eu sempre achei que fazer as refeições sozinhas é muito chato. Não me importo de fazer muitas coisas sozinha (ir à praia, ao cinema...), mas para almoçar e jantar eu prefiro ter companhia. Mas muitas vezes na viagem simplesmente não tem companhia. E aí, sentar sozinha em um restaurante, esperar sozinha a comida sem ter nada para fazer, e comer olhando para o infinito... é meio desconfortável.

Adotei então o livro como meu grande companheiro nas refeições desacompanhadas. Já até descobri o jeito certo de comer com a mão direita enquanto seguro o livro com a esquerda. E assim passo as refeições.

Ontem e hoje fui jantar sozinha em um restaurante italiano perto do hotel. Levei meu livrinho comigo. Os garçons acharam graça de me ver lá dois dias comendo sozinha, levando um livro e um lápis (ah, sim, porque eu só leio se tiver um lápis na mão para poder sublinhar, escrever... mesmo que seja livro de ficção). Mas assim passei meus jantares, comendo uma massinha, tomando uma taça de vinho, e lendo. O quadro que abre este post me inspirou a compartilhar isso com vocês.

Ah, e so para constar: nessa viagem curta de dois dias, eu li 140 páginas!
E vocês, tem hábitos de viagem? Carregam livros para todo o canto para ler em quaisquer 10 minutinhos que sobrem? Não gostam de comer sozinhos?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Reconhecimento da Palestina JÁ!!

CONTATO PARA ENTREVISTAS ANTECIPADAS
Moradores de Foz do Iguaçu somam aos 142 países mobilizados para o manifesto mundial marcado para o dia 20 de setembro.
Em Foz do Iguaçu o palco para a manifestação será a praça do mitre. Faixas, cartazes e um vídeo, aliado aos discursos integram o manifesto marcado para ás 17h.
A mobilização antecede a abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no dia 21 e a defesa pela criação do Estado Palestina pelo presidente Mahmoud Abbas, no dia 23. A pressão feita pelos aliados é para tentar demover os EUA que já anteciparam o veto contra o pedido da criação do estado, fragmentado em dois pedaços. Um deles dominado por Israel que desde então exemplifica o maior campo de concentração do mundo a céu aberto.
No Brasil as concentrações ocorrem com mais vigor em São Paulo, Rio Grande do Sul e em Foz do Iguaçu. “Esperamos que a população de Foz esteja na praça conosco”, convida os organizadores.
Jihad Ahmad Abu Ali – porta voz da comunidade palestina em Foz Tel : 00 55 45 3025 5515 Mobile : 00 55 45 99151819 Foz Do Iguaçu – Parana – Brasil
Fonte: Boca Maldita