

Na caixa de som, Casuarina!
Passem-se dias, horas, meses, anos Amadureçam as ilusões da vida Prossiga ela sempre dividida Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida Diminuam os bens, cresçam os danos Vença o ideal de andar caminhos planos Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura À medida que a têmpora embranquece E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece... Que grande é este amor meu de criatura Que vê envelhecer e não envelhece.
(Rio, 1942)
Palavrinha pequena mas de grandes proporções o beijo é o tema desta postagem.
Hoje na escola uma aluna vira-se para mim, faz uma carinha de sapeca, daquelas típicas de adolescente e pergunta-me: "Vai beijar muito amanhã fessora?"
Eu, na minha santa ingenuidade, questiono: "Por quê?"
Ela, com aquela cara de "ihhh a desinformada", responde rapidamente: "Amanhã é dia do beeeeiiijooooo fessora!!"
Dei uma risada e segui pelos corredores da escola, mas voltei para casa pensando:"Quem inventou isso? Só pode ter sido coisa de adolescente!"
Para minha frustração, não descobri muita coisa. Encontrei apenas duas justificativas para a data. Uma, pouco interessante, que dizia exatamente o que eu suspeitava, que o Dia Internacional do Beijo foi criado no dia 13 de abril de 1982 por adolescentes americanos numa brincadeira de escola e se proliferou pelo mundo.
A outra justificativa é bem mais interessante, porém, não sei se é verídica!
Diz a lenda que o dia do beijo foi criado em 649 por Maomé. Isso mesmo meu povo! Pasmem! :)
O todo poderoso do islã criou essa data para reduzir o "pecado" entre os casais que não eram casados e os sacerdotes, que tinham que ficar em abstinência de beijo o ano todo e só podiam beijar a sua esposa ou prometida no dia 13 de abril. O dia que, sabe-se lá porque, Alá estava mais relax e deixava a galera soltar a língua... Ops... Dar umas bitoquinhas... Só não podiam exceder, senão o Alcorão corão corria solto.
A origem da data fica um mistério assim como a origem do beijo, onde encontramos desde uma explicação religiosa, onde os padres beijavam os noivos selando os votos de amor eterno entre o casal, até uma explicação Darwiniana, que diz que a origem do beijo vem das mordidas que os macacos davam nas fêmeas na hora do acasalamento.
Mas independente das suas origens, o importante é BEIJAR car@s menin@s do meu Brasil!
Beijem muuuuitooooo!!
Não deixem de beijar seus pais, irmãos, amigos, filhos...
Não apenas hoje, mas sempre que puderem, pois o beijo é uma singela demonstração de afeto, amizade e amor!
NÃO CUSTA NADA E VALE TANTOOOO...
APROVEITEM AMIGOS!!! MUITOS BEIJOS PARA VOCÊS!!!
AS ENCHENTES
As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral.
Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha! Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações. Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.
Correio da Noite, Rio, 19-1-1915.
TEM COISAS QUE NÃO MUDAM NA NOSSA CIDADE!