Três meninas. Três histórias diferentes que se encontram. Três linhas distintas de pensamento, que se unem formando um maravilhoso mosaico de histórias, ideias e experiências. Encontram-se nas afinidades e completam-se nas diferenças, enlaçando-se nas alegrias e tropeços da vida. Escrevem aqui para celebrar, compartilhar e aprender. Para refletir sobre as experiências do passado, as inquietudes do presente e as incertezas do futuro. Nessa sucessão de encontros e desencontros, buscam entender melhor o mundo. Tudo isso regado por um pouco de geografia, política, arte e muito ziriguidum!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A GENTE NÃO QUER SÓ MEDALHA

"No Brasil, aplicações pesadas no esporte seguem a lógica de dar muito dinheiro para quem já é rico e de despachar migalhas para os pobres. Boa parte dos recursos da Lei de Incentivo ao Esporte é utilizada para viabilizar descontos no imposto de renda de empresas que promovem suas marcas em eventos esportivos. De quebra, a lei ajuda a encher os cofres de quem organiza as competições."

(Fernando Molica, no jornal O Dia. Pode ser lido na íntegra aqui )

A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos beneficiam quem já tem privilégios na cidade e os grandes empresários.

As obras de mobilidade não são para transporte de massa e, portanto, não beneficiam o trabalhador. São obras para automóveis individuais, beneficiando a indústria automobilística e de combustíveis, e as empresas de ônibus.

As remoções forçadas e a expulsão dos pobres das áreas centrais e de expansão da cidade, beneficiam o mercado imobiliário e a indústria da cosntrução civil.

Aliás, a construção civil se beneficia muito com todas as obras, tendo lucros muito altos. Mas não garante segurança e condições de trabalho mínimas aos trabalhadores e viola vários direitos trabalhistas. Sem prestar muita conta de nada, com total falta de transparência.

A isenção de IPTU beneficia a rede hoteleira, e as isenções fiscais beneficiam os grandes emrpesários. Os pequenos comerciantes, os moradores de baixa renda, os trabalhadores... ah, esses pagam muitos impostos. 

A movimentação da economia e os recursos que esses grandes eventos esportivos vão trazer vão direto para o bolso das grandes redes, grandes comerciantes, grandes marcas que detêm o monopólio da presença nos arredores dos equipamentos e nos locais onde eles acontecerão.

Os megaeventos esportivos são para benefício, lucro e privilégio de poucos. Para o resto é repressão, criminalização, controle, exclusão.

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