Três meninas. Três histórias diferentes que se encontram. Três linhas distintas de pensamento, que se unem formando um maravilhoso mosaico de histórias, ideias e experiências. Encontram-se nas afinidades e completam-se nas diferenças, enlaçando-se nas alegrias e tropeços da vida. Escrevem aqui para celebrar, compartilhar e aprender. Para refletir sobre as experiências do passado, as inquietudes do presente e as incertezas do futuro. Nessa sucessão de encontros e desencontros, buscam entender melhor o mundo. Tudo isso regado por um pouco de geografia, política, arte e muito ziriguidum!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Política neo- Malthusiana

Em visita ao Chapéu Mangueira, no Leme, Marcelo Freixo conversa com Valdinei Medina, presidente da associação Amigos de Chapéu Mangueira. Valdinei se surpreende com a visita de um deputado logo após as eleições, afinal não é comum o pessoal aparecer por lá sem ser em campanha eleitoral.

Valdinei fala um pouco sobre como estão as coisas por lá: "Temos um posto de saúde prontinho, com consultório de odontologia montado e um monte de medicamentos, mas não tem dentista nem médico. A creche, criada pelos moradores em 1992 e que atende 75 crianças, não pagou neste mês o salário das funcionárias. O que mais mandam pra gente é anticoncepcional. Tem caixas e caixas de pílula aqui". 

"É a política de saúde do governo, dar anticoncepcional para pobre...", diz o deputado, que prometeu chamar a atenção para este e outros problemas assim que chegar de volta ao gabinete.

É isso aí: Malthus revisitado. Como Sérgio Cabral pretende combater a pobreza? Acabando com os pobres! Se eles não se reproduzirem, em algumas gerações o problema está definitivamente resolvido! E ele se reelegeu com 66% dos votos...


2 comentários:

Anônimo disse...

Esse é mais um caso de péssimo investimento do dinheiro público feito nesse país. Anticoncepcional sem investimento em educação de qualidade, emprego, habitação, saneamento etc. significa NADA. Por mais elementar que possa parecer para qualquer um minimamente "instruído" o uso de contraceptivos como a pílula ou mesmo a camisinha, isso não é tão óbvio para milhões de pessoas... Há ainda muitas outras barreiras como a família, a religião, a falta de acompanhamento médico adequado, princípios ético-culturais próprios de determinados grupos e condições sociais etc. Enfim. Muuuuita água para rolar sob a ponte antes da pílula...

Patricia disse...

Alguma coisa está fora da ordem...