Três meninas. Três histórias diferentes que se encontram. Três linhas distintas de pensamento, que se unem formando um maravilhoso mosaico de histórias, ideias e experiências. Encontram-se nas afinidades e completam-se nas diferenças, enlaçando-se nas alegrias e tropeços da vida. Escrevem aqui para celebrar, compartilhar e aprender. Para refletir sobre as experiências do passado, as inquietudes do presente e as incertezas do futuro. Nessa sucessão de encontros e desencontros, buscam entender melhor o mundo. Tudo isso regado por um pouco de geografia, política, arte e muito ziriguidum!

sábado, 24 de abril de 2010

UM FILME NECESSÁRIO

Foi essa a conclusão mais sintética a que chegamos (eu e Fidel, mais conhecido como meu marido, ha!) ao sairmos do cinema ontem à noite, após termos assistido "Utopia e Barbárie" de Sílvio Tendler. Digo"mais sintética", porque, é claro, podemos chegar à varias conclusões vendo esse filme. De todo, gostei e não gostei. Mas é conclusivamente necessário. O filme trata de uma época que não vivemos, mas a qual nos remetemos com frequência e (pretensa) familiaridade. Ele recorta o período que vai da(s) ditadura(s) e das transformações e efervescência social da(s) década(s) de 60 e 70 (maior parte do filme), à "nova ordem" do século XXI. O resgate dos depoimentos, as imagens, a coletânea de documentários é primorosa. Mas algo me incomodou. Acho que foi o posicionamento às vezes acrítico com que alguns períodos da história e alguns eventos foram tratados... Mas imediatamente pensei: EU vou criticar essa abordagem? Eu que não fui uma estudante rebelde de maio de 68 na França, eu que não pertenci ao MR8, eu que não fui perseguida e torturada? Eu? Provavelmente "as três meninas", nessa época, teriam sido presas, interrogadas, torturadas, quiçá estariam desaparecidas, como tantos jovens. Por isso tenho receio de fazer a crítica inócua, isto é, aquela crítica do "eu faria assim, assado", "eu teria dito/escolhido isso ou aquilo". Em outras palavras, e indo direto ao ponto, certas referências ao maoísmo, à Cuba de Fidel (especialmente e Cuba contemporânea), ao Vietnã, me incomodaram bastante pela falta de uma avaliação com distanciamento, pela falta de se chegar a uma conclusão básica a respeito, principalmente, das "experiências socialistas realmente existentes": O resultado disso tudo foi, também (assim como nos países capitalistas), catastrófico, no que diz respeito às pessoas, à sua liberdade individual e coletiva, às suas vidas. Mas, ao mesmo tempo, fiquei pensando... O mundo atual, o nosso mundo, que também é daqueles que viveram isso tudo que Silvio Tendler resgatou em seu documentário, que hoje têm 50, 60 e poucos anos, anda tão merda (desculpem a expressão, mas não há outra que a substitua), tão indiferente à tudo e à todos, tão desinteressado da política, do futuro (seja ele qual for: o planeta, a liberdade, as idéias, a saúde, os outros), que esse se torna um filme necessário. Para que não se esqueça. Para que não se apague. Para que sempre possamos lembrar o que é possível ser feito juntos. Ainda, e justamente, porque, essa palavra, "juntos" está muito fora de uso. Especialmente no que diz respeito à luta, à mudança... Nem mesmo as eleições, esse escárnio público, significam mais "juntos". Reparei que o cinema não tinha jovens espectadores. Quer dizer, o público era de adultos na faixa etária daqueles que viveram aquela história in loco, isto é, pessoas de 50 para cima. Uma pena que nossos contemporâneos, na faixa dos 20, 30 e poucos, não se interessem, se interessem pouco, ou desconheçam absolutamente esses fatos. Cabe aí a nossa divulgação de um filme necessário.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

NUNCA NESSE MUNDO SE ESTÁ SOZINHO!

Olá meninos e meninas do meu Brasil!
Dessa vez eu peço licença aos mais diferentes crédulos e religiões para falar e homenagear um santo e um orixá que merecem nossas reverências: SÃO JORGE E OGUM.
A figura de São Jorge, aqui no Rio de Janeiro, está associada a um dos Orixás de grande relevância na Umbanda e no Candomblé que é Ogum.
Independente da nossa fé e das nossas crenças religiosas, o fato é que os dois tem histórias muito bonitas e os dois estiveram muito presente na minha história e por isso, venho aqui prestar a minha homenagem aos dois guerreiros!
Vamos começar pela história cristã de SÃO JORGE.
Jorge teria nascido na antiga Capadócia, que atualmente faz parte da Turquia. Ainda criança mudou-se para a Palestina, terra natal de sua mãe. Sua família possuía muitos bens e educou o jovem Jorge com muitas regalias. Na adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas e logo foi promovido ao exército romano devido a sua dedicação e habilidades com as armas.
Ao mudar-se para Roma começou a inquietar-se com as crueldades exercidas contra os cristãos. Ao conhecer melhor a história de Cristo viu que Ele era o caminho para a salvação e começou a distribuir as suas riquezas aos pobres em nome de Jesus.
Jorge tornou-se mártir no cristianismo e em seguida santo, porque foi contra o decreto imperial que decidia perseguir e matar todos os cristãos.
Jorge, mantinha-se fiel ao cristianismo e o imperador da época tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos por vários dias e a cada tortura ele era levado ao imperador que lhe perguntava se renegaria Jesus Cristo.
Entretanto a cada nova tortura, Jorge reafirmava a sua fé. Sua atitude, ao poucos, foi ganhado notoriedade e muitos romanos, inclusive a mulher do imperador, tomando as dores daquele jovem soldado converteram-se ao cristianismo.
Por fim, não tendo êxito, o imperador mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303.
Devido este perfil guerreiro e o seu histórico de resistência, perseverança e bravura, a figura de São Jorge foi associada a figura do orixá que é o senhor da guerra, indomável e imbatível defensor da lei e da ordem, aquele que defende os fracos e os que estão em demanda - OGUM.
OGUM é um orixá de grande importância tanto na umbanda como no candomblé. Ele é o orixá da energia, perseverança, tenacidade e renascimento (no sentido de capacidade de se reerguer).
Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos. Ele era o senhor das armas e o dono das estradas. Ele é o protetor dos caminhos.
Por todas essas características, São Jorge e Ogum, atualmente no Brasil e principalmente no Rio de Janeiro, tornaram-se símbolos de proteção e de fé.
Amanhã fiéis de vários cantos do RJ estarão aglomerando-se nas principais igrejas do santo soldado guerreiro para pedir proteção e agradecer a SÃO JORGE.
Inúmeros terreiros da nossa cidade, estarão entoando os seus tambores ao canto de "Ô Jorge, ô Jorge/Vem de Aruanda/Tenha pena de seus filhos/São Jorge venceu demanda/Ogum, Ogum/Ogum meu Pai/Foi você mesmo quem disse/Filhos de Umbanda não cai".
Enfim, neste país de tantas desigualdades, de tantas injustiças, de um povo tão sofrido, não é por acaso que seja justamente o santo/orixá guerreiro que ganhe destaque.
Aquele que dá resistência às torturas do dia a dia, que dá perseverança para seguir em frente e que nunca desiste, que dá tenacidade, que constantemente abre novos caminhos na busca de uma trilha melhor, que dá força para que esse povo renasça a cada ano na esperança de um futuro melhor...
Definitivamente, toda essa adoração tem um porquê...
SALVE JORGE! CAVALHEIRO DA ESPERANÇA!
OGUNHÊ! OGUM DILÊ, OGUM DILÊ!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Livros para fazer andar o mundo

Clara Luz era uma fada que morava lá no céu com a senhora fada sua mãe. Viveriam muito bem se não fosse uma coisa: Clara Luz não queria aprender a fazer mágicas pelo Livro das Fadas. Queria inventar suas próprias mágicas.
- Mas minha filha - dizia a Fada-Mãe - todas as fadas sempre aprenderam por esse livro. Por que só você não quer aprender?
- Não é preguiça não, mamãe. É que não gosto de mundo parado.
-Mundo parado?
- É. Quando alguém inventa alguma coisa, o mundo anda. Quando ninguém inventa nada, o mundo fica parado.
Eu sempre gostei muito de ler e, mesmo depois de adulta, continuo uma apaixonada por literatura infanto-juvenil. Os anos trabalhando em livraria e uma irmã pequena também ajudaram a manter essa paixão até hoje. Livro não é só lazer, diversão. Livro também é formação. A leitura transporta para novos mundos, nos permite viajar sem sair do lugar. A leitura também fomenta pensamentos, induz a questionamentos e indagações. Livro faz pensar, refletir e questionar. Talvez por isso sejam instrumentos poderosos de transformação social.
Em casa, um imã na porta da geladeira diz "Os livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas..."
Ontem, dia 18 de Abril, foi o Dia Nacional do Livro Infanto-Juvenil. A data foi escolhida por ser a data de nascimento do Monteiro Lobato, autor das aventuras que encantaram - e ainda encantam - milhões de leitores no Brasil que se apaixonaram pelas histórias de Pedrinho, Emília e toda a turma do Sítio do Pica Pau Amarelo.
Como o dia 18 é também o dia do meu aniversário, nunca esqueço da data. E ontem me pus a pensar que livros marcaram a minha infância, quais deles ficaram guardados até hoje (na prateleira ou na memória), quais deles talvez tenham plantado uma sementinha que contribuiu para que eu fosse quem sou hoje.
De cara, o primeiro livro que pensei foi "A fada que tinha idéias" de Fernanda Lopes de Almeida com ilustrações de Edu e publicado pela editora Ática. O livro conta as histórias de Clara Luz, uma fadinha rebelde que não se conformava com a monotonia da escola das fadas que desde sempre ensinava as mesmas coisas, as mesmas receitas de mágica, sem nenhuma idéia nova ou qualquer inovação. Clara Luz acreditava nas novas idéias para fazer o mundo andar, como diz no diálogo reproduzido no início desse post. O livro me marcou. Marcou tanto que, na primeira livraria em que trabalhei, me chamavam de "fadinha", em referência ao jeitinho inconformado e à personalidade ativa de Clara Luz.
Os livros infantis às vezes traduzem sentimentos delicados, histórias fortes, mensagens poderosas, mas de maneira simples e acessível para as crianças. Talvez por isso sejam tão fascinantes. Recobrem de magia e encantamento assuntos às vezes difíceis ou complicados. E, por isso mesmo, têm um papel fundamental na nossa formação. E, ao influenciar nossa formação, cumprem também um papel fundamental na construção de um mundo melhor, porque ajudam a formar seres humanos melhores.
Assim, aqui fica uma humilde homenagem a todos aqueles que de alguma forma são responsáveis pelos livros infanto-juvenis: autores, ilutradores, editores, contadores de histórias, e também aos leitores que ao ler um livro dão sentido a todo esse trabalho.
E quanto a você? Que livro marcou sua infância?

Na caixa de som, Casuarina!

sábado, 17 de abril de 2010

A PRIMEIRA MENINA A ANIVERSARIAR NO BLOG... PARABÉNS, MENINA RENATA!

Querida, queridíssima Rê, uma singela homenagem do nosso blog ao seu dia, mais uma primavera, mais uma volta ao redor do sol! Tudo de bom! Seja MUITO feliz!
Soneto de aniversário Vinicius de Moraes

Passem-se dias, horas, meses, anos Amadureçam as ilusões da vida Prossiga ela sempre dividida Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida Diminuam os bens, cresçam os danos Vença o ideal de andar caminhos planos Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura À medida que a têmpora embranquece E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece... Que grande é este amor meu de criatura Que vê envelhecer e não envelhece.

(Rio, 1942)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

REFORMA AGRÁRIA, UMA LUTA DE TODOS!


Meninas e meninos do meu Brasil!
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou ontem (15/04), sua publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2009. Esta será a 25ª edição do relatório, que concentra dados sobre os conflitos, violências sofridas e ações de trabalhadores e trabalhadoras rurais, bem como comunidades e povos tradicionais, em todo o país.
O lançamento aconteceu no auditório da Editora da Unesp, em São Paulo (SP) e a atividade teve a presença do nosso queridíssimo Carlos Walter Porto Golçalves, professor de Geografia da Universidade Federal Fluminense.
Em nota, a CPT afirma que os 25 anos da publicação devem representar um momento de reflexão sobre o próprio cenário rural brasileiro.
“A necessidade de se publicar um livro com as denúncias dos conflitos que trabalhadores e trabalhadoras ainda enfrentam no campo brasileiro, por si só, mostra os poucos avanços na defesa dos direitos humanos no Brasil e na realização da tão sonhada reforma agrária”.
Depois do lançamento houve um debate sobre a criminalização dos movimentos sociais, com participação de João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Isolete Wichinieski, da coordenação nacional da CPT; do professor Carlos Walter Porto-Gonçalves, da Universidade Federal Fluminense (UFF); do jornalista Paulo Henrique Amorim, do Blog Conversa Afiada e do programa Domingo Espetacular, da Record, entre outros.
Vale a pena dar uma conferida no relatório!
Fonte: Jornal Brasil de Fato

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Quem quer pão?


Eu não sou muito talentosa na cozinha, nunca fui. Sou meio estabanada, desastrada, quando me aventuro a fazer qualquer coisa, em geral, a cozinha fica a maior confusão. Tem gente que prepara qualquer coisa com muita eficiência, rapidez, e ainda consegue deixar a cozinha limpinha. Eu não. Demoro muito, me enrolo pra cortar, descascar, articular várias coisas ao mesmo tempo então... aí é que faço uma bagunça danada. A mini cozinha do meu apartamento também não é muito sedutora. Assim, nunca me aventurei muito na arte da culinária. Mas confesso que a idéia de cozinhar me atrai me muito. Não sei bem o que é... Mas a idéia de escolher ingredientes, misturar sabores, temperos, aromas é fascinante. Tem um quê de magia... Achar a medida certa para o resultado esperado! Afinal, comida provoca reações. Uma comida picante, aredente, uma mais levinha, um prato afrodisíaco, uma receita para queimar gorduras, outra cicatrizante e por aí vai.
Nós somos o que comemos, não é?
Recentemente, apesar das restrições do espaço, decidi me aventurar mais na cozinha. Foi acontecendo meio aos poucos, um pouco por causa do trabalho, um pouco por causa da companhia. Eu trabalho com direito a alimentação, lido com isso diariamente, e comecei a prestar mais atenção na minha própria alimentação. O convívio muito próximo com quem cozinha muito bem e com alguns vegetarianos também deram um empurrãozinho. E comecei a testar receitas e dicas. Com algumas amigas, organizamos umas oficinas. Um super programa: cada um ensina uma coisinha, a gente toma um vinho, uma cerveja e se diverte muito! E, come tudo depois, claro.
Agora, acho que parte do prazer de cozinhar está também no desafio e na realização. A sensação de tentar algo novo, de testar algo que você não consegue prever totalmente o desfecho, e depois ver o resultado é incrível. É claro que, para alguém desajeitada como eu, o resultado pode não ser muito gratificante, mas aí pelo menos a gente se diverte... A idéia de que o grande esforço será recompensado depois quando você degustar aquilo que você mesmo preparou, é a melhor de todas. É como chegar a uma cachoeira deliciosa depois de horas de trilha. O suor vale o prazer do mergulho. É claro que comecei com coisas bem simples, mas por enquanto todos que provaram aprovaram as aventuras.
Deixo aqui a receita de um pão integral caseiro que aprendi em uma das oficinas, que já fiz muitas vezes e de vários sabores:
- 4 xícaras de farinha de trigo integral (dica: a marca mais saborosa é a Mãe Terra)
- 1 colher sopa de fermento biológico em pó
- 1 colher chá de sal
- grãos de sua escolha (os melhores são centeio, aveia, granola, semente de girassol, linhaça, cevada)
- 5 colheres de sopa de azeite
- 3 colheres de sopa de óleo
- água morna (mais ou menos 1 copo)
- adicional: o sabor que você quiser dar ao pão. Pode ser tomate seco, azeitona, cebola rocha, alho, alecrim, linguiça calabresa, damasco, passas... e tudo mais que você quiser combinar.
Modo de preparo:
Adicione a farinha, o sal, o fermento e os grãos em uma bacia e misture. Depois, adicione os elementos que vão dar o sabor e misture. Por último, o azeite e o óleo. Aí, vai ter que colocar a mão na massa... Vá adicionando a água morna aos poucos e misturando com as mãos. Misture até formar a massa, sem deixar molhado demais. Amasse bastante, quanto mais amassar mais a massa cresce e o pão fica fofinho. Deixe reservado até a massa crescer (mais ou menos vinte a trinta minutos). Pré aqueça o forno. Quando a massa crescer, coloque em uma forma de pão untada com azeite e leve ao forno.
Espero que vocês testem e aprovem também!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

TODO DIA É DIA DE BEIJO!

Depois de tantas tragédias e aborrecimentos, vamos falar de uma coisa boa! O BEIJO!

Palavrinha pequena mas de grandes proporções o beijo é o tema desta postagem.

Hoje na escola uma aluna vira-se para mim, faz uma carinha de sapeca, daquelas típicas de adolescente e pergunta-me: "Vai beijar muito amanhã fessora?"

Eu, na minha santa ingenuidade, questiono: "Por quê?"

Ela, com aquela cara de "ihhh a desinformada", responde rapidamente: "Amanhã é dia do beeeeiiijooooo fessora!!"

Dei uma risada e segui pelos corredores da escola, mas voltei para casa pensando:"Quem inventou isso? Só pode ter sido coisa de adolescente!"

Para minha frustração, não descobri muita coisa. Encontrei apenas duas justificativas para a data. Uma, pouco interessante, que dizia exatamente o que eu suspeitava, que o Dia Internacional do Beijo foi criado no dia 13 de abril de 1982 por adolescentes americanos numa brincadeira de escola e se proliferou pelo mundo.

A outra justificativa é bem mais interessante, porém, não sei se é verídica!

Diz a lenda que o dia do beijo foi criado em 649 por Maomé. Isso mesmo meu povo! Pasmem! :)

O todo poderoso do islã criou essa data para reduzir o "pecado" entre os casais que não eram casados e os sacerdotes, que tinham que ficar em abstinência de beijo o ano todo e só podiam beijar a sua esposa ou prometida no dia 13 de abril. O dia que, sabe-se lá porque, Alá estava mais relax e deixava a galera soltar a língua... Ops... Dar umas bitoquinhas... Só não podiam exceder, senão o Alcorão corão corria solto.

A origem da data fica um mistério assim como a origem do beijo, onde encontramos desde uma explicação religiosa, onde os padres beijavam os noivos selando os votos de amor eterno entre o casal, até uma explicação Darwiniana, que diz que a origem do beijo vem das mordidas que os macacos davam nas fêmeas na hora do acasalamento.

Mas independente das suas origens, o importante é BEIJAR car@s menin@s do meu Brasil!

Beijem muuuuitooooo!!

Não deixem de beijar seus pais, irmãos, amigos, filhos...

Não apenas hoje, mas sempre que puderem, pois o beijo é uma singela demonstração de afeto, amizade e amor!

NÃO CUSTA NADA E VALE TANTOOOO...

APROVEITEM AMIGOS!!! MUITOS BEIJOS PARA VOCÊS!!!

Clique em mim!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A doutrina do choque

As chuvas nos últimos dias devastaram o Rio de Janeiro. Estado de calamidade, emergência, caos. Esse foi o cenário. As principais vias foram interrompidas, transitar pelas ruas era impossível. A população não conseguiu chegar em casa depois do trabalho, não conseguiu chegar ao trabalho no dia seguinte, aviões não pousaram nem decolaram, muitos atrasos e cancelamentos. Bagunçou a vida de muita gente.
Mas o pior foram os inúmeros deslizamentos soterrando casas e pessoas e deixando centenas de mortos. E, diante de tamanha tragédia, me chocou a reação do governador Sérgio Cabral. O governador do Estado do Rio de Janeiro responsabilizou a própria população que mora nas encostas e áreas de risco pela desgraça que se abateu sobre elas. São ocupações ilegais, irregulares, em área de encosta e situação de risco, elas não deviam estar lá... o poder público avisa, tenta removê-las, tenta impedir novas construções, mas elas insistem...
Fiquei pasma ouvindo a declaração dele ao vivo na TV. Será mesmo governador? Será que alguém mora sobre um antigo lixão porque gosta? Será que alguém mora no alto de um morro, sem acesso aos serviços básicos de abastecimento de água, esgoto e recolhimento de lixo porque prefere? Será que alguém faz essa opção porque tem muitas outras ótimas opções?
Eu já estava suficientemente irritada com essa declaração, quando então veio a cereja do sundae: nosso querido governador disse que como um governante responsável, não poderia mais fechar os olhos para essa situação. Mais do que nunca, os muros ao redor das favelas são necessários. Os muros são para proteger a população. Os muros impedem que a população construa suas casas em áreas de encosta e se coloquem em situação de risco. Quem criticou os muros dizendo que era o muro de Berlim, o muro da Palestina, agora tem que engolir. O muro vai evitar outras tragédias como essa.
Ãhn??? Hein??? Pois é... foi isso mesmo. Sérgio Cabral e sua turma vão usar a dor alheia, a tragédia das pessoas, a perda dessas vidas, para justificar a construção de milhares de quilômetros de muros ao redor das favelas no Rio. Seguramente, será seguido por outros justificando políticas de remoção pelo mesmo motivo.
Isso me remeteu ao livro que estou lendo agora: "A doutrina do choque: ascenção do capitalismo de desastre" da Naomi Klein. O livro é intressantíssimo. A autora mostra como as crises (as mais diversas, causadas ou não por fenômenos naturais) são utilizadas como pretexto para impor políticas que não conseguiriam ser impostas em tempos normais de estabilidade.
Pois é isso aí... vamos assistir aos nossos governantes usarem o desastre das chuvas no Rio para avançar com força na construção de muros e políticas de remoção. Um absurdo...
E, é válido lembrar, o discurso inicial do governo do Estado para justificar os muros já era falho. O argumento era a necessidade de conter a expansão das moradias irregulares em área de vegetação. Mas as favelas escolhidas para serem muradas foram as que menos cresceram na última década e, muito interessante, são todas na Zona Sul. Segundo o Instituto Pereira Passos, a área ocupada por favelas na capital subiu 6,88% entre 1999 e 2008. As favelas escolhidas para o projeto do muro cresceram apenas 1,18%, muito abaixo da média. E no Dona Marta houve um decréscimo da área ocupada.... sim, houve uma redução de 0,99% no terreno ocupado.
Muros de três metros de altura rodeando favelas na Zona Sul do Rio de Janeiro não são nem para preservar a vegetação de mata atlântica nem para prevenir deslizamentos e poupar vidas humanas. Esses muros são para isolar as áreas indesejáveis com as quais a elite tanto se incomoda, mas das quais não consegue se livrar.
O muro do Sérgio Cabral vai marcar definitivamente a segregação social e espacial no tecido urbano do Rio de Janeiro, cicatrizes no corpo da cidade maravilhosa.
Vamos dizer não à segregação! Não ao muro! Chega de nos empurrar essas políticas podres goela abaixo e degustar nosso fígado depois.

terça-feira, 6 de abril de 2010

CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR

Mais uma vez o Rio de Janeiro PARA por causa da chuva e dos descasos governamentais.
Para brindar mais um dia submerso em águas, trago especialmente para os meninos e meninas cariocas, direto do túnel do tempo, uma crônica de LIMA BARRETO sobre as enchentes da nossa cidade de 1915.

AS ENCHENTES

As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.

De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.

O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral.

Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha! Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.

O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio. Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações. Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

Correio da Noite, Rio, 19-1-1915.

TEM COISAS QUE NÃO MUDAM NA NOSSA CIDADE!

sábado, 3 de abril de 2010

Sergio Cabral de PORRE no Carnaval!!

Caros meninos e meninas do meu Brasil!!
O vídeo acima retrata o nosso governador, Sergio Cabral Filho, completamente embriagado na Apoteose no Carnaval 2010 do Rio de Janeiro.
Esse vídeo foi censurado aqui no Brasil para que os digníssimos eleitores brasileiros não vissem essas imagens hilariantes do nosso governador de porre treinando o seu tosco "ingrês" a la Joel Santana.
Mas como as "MENINAS" acreditam que é PROIBIDO PROIBIR, estamos aqui divulgando o PROIBIDÃO!!
O vídeo foi obtido em um site jornalístico internacional e está sendo divulgado via e-mail para o povo brasileiro. Salve a internet!!
Eu não tenho absolutamente nada contra ao fato de figuras políticas terem uma vida particular com os seus momentos de descontração e diversão. Afinal, eles são humanos! Ou não? :) Enfim, não tenho essa visão quadrada que o "cara tem que ser exemplo" e por isso, não pode fazer NADA! Mas acho que a partir do momento que você opta em seguir uma carreira política, onde você estará representando milhares de pessoas, é importante ter o mínimo de bom senso e não se expor ao rídiculo.
Agora, imaginem meninada do meu Brasil como a gringalhada deve ter deitado e rolado com essas cenas, ridicularizando o nosso estado que será palco da final da Copa do Mundo em 2014 e sede das Olimpíadas de 2016.
Como eu não votei nesse louco, EU QUERO É MAIS!!! :)
Para piorar a cena, ainda temos como a cereja do sundae D. Dilma, canditada à presidência pelo Lula, ao lado do Sérgio Cabral nesse cenário bizarro!
"Isso aqui ôôôôôô...
É um pouquinho do Brasil aiááá..."